Não me recordo da primeira palavra que li ou escrevi, mas me
lembro muito bem a alegria que senti ao aprender escrever meu nome. A euforia
era tanta que escrevia em qualquer lugar, inclusive ganhei um belo castigo por
escrevê-lo na parede de minha casa.
Até pouco tempo atrás, guardava meu material da pré-escola e um
caderno do então chamado 1º ano na época. No caderno do pré, só encontrava
atividades de coordenação motora. Lembro-me como se fosse hoje a professora
dizer: ondinha vai, ondinha vem, ou ainda, serra-serra para uma atividade.
Já no caderno do 1º ano, as primeiras atividades também eram de
coordenação motora, depois de algum tempo começou aparecer a letra “A” de
abelha, “E” de elefante e assim por diante, até aprender todas as vogais e
ligá-las ao desenho correspondente. Com as consoantes, foi um pouco diferente,
usávamos a cartilha “Caminho Suave” que na época era suave, hoje diria que é
monótona.
Quando se aproximou do final do ano, como eu dava conta de ler os
textos “criativos” da cartilha, fui presenteada com meu Primeiro Livro de
leitura, não me recordo o nome, foi uma grande vitória, lia para a mamãe e o
papai em casa, que conquista!
Depois que temos o domínio da leitura, nos tornamos pessoas mais
alegres, criativas e cheia de sonhos, pois temos acesso a textos e livros que
nos permitem sonhar e isso é muito bom, nos carrega de energia para sempre
buscarmos algo de novo.
Com a escrita de textos, minhas primeiras experiências foram
traumáticas, pois a professora colava na lousa uma figura e escrevia logo
abaixo: Faça uma Composição. Para mim era muito difícil, assim como para o
Gabriel Pensador, eu não sabia como começar e nem sobre o que falar, pois os
desenhos da figura não davam muitas dicas.
Hoje quando vejo as novas metodologias e procedimentos que são
usados desde as séries iniciais para se ensinar a produzir texto, chego a
sentir saudade de voltar no tempo. Com certeza teria hoje mais proficiência
leitora e escritora.
Isabel Veiga
Nenhum comentário:
Postar um comentário